domingo, 4 de março de 2007

Espaço

Quando rasgo o véu dos olhos.
Cega-me luz oculta do espírito.
E fere mortalmente nosso corpo-breu, fere nossa manta
de escuridão.
Encoberto candelabro de esperança, rosto sem forma,
corpo sem vida.
Farol em sua beleza anula o naufrágio certo do
esquecido e flutuante desejo.
Em parte banha-me e me abandona no oposto.
Sentido dividido, pois me abordas sempre pela metade.
Loteria sem apostas, não sei, a parte que te caberá.
Não sei se escudo ou espada.
Sorriso ou rancor.
Descaso ou afeição.
E se me perguntas o nome, te respondo que não sei.
Se me cobres sinto frio.
E se me abandonas, tenho enfim a certeza de que nunca
exististes.

2 comentários:

Ricardo Ballarine disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ricardo Ballarine disse...

O cara monta o blog e não fala nada. Pô, Orierdep, vamos unir forças, de repente sai alguma coisa desses blogs